sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Faces da miséria






Vem chegando o natal....e com ele os inúmeros comerciais de bonecas que falam, cozinham e dançam tango, videogames que soltam raios e exalam cheiro,celulares que controlam carros por blutúfi, Mp5, televisores digitais de 200 polegadas...e junto disso, aquele sentimento consumista. Esse comentário, foi apenas para servir de ponte à uma realidade que muitas pessoas fingem não ver. Aquela família que vive na rua, que não tem o que comer...todos os doentes que não têm dinheiro para comprar seus medicamentos...as pessoas que passam frio por não possuírem sequer um agasalho. Crianças que trabalham, vendem balas no semáfaro ao invés de irem estudar. Enquanto a ânsia por roupas de marca, videogame novo, celular do mês, toma conta de muitos.

Muitas vezes, ao olharmos com desprezo tudo que temos, não lembramos de duas coisas muito importantes. Primeiro, que cada sapato, cueca, cada objeto, possui valor. Foi conseguido através do esforço de alguém. E segundo que ao invés de olharmos feio para o nosso guarda roupas, por exemplo, vamos pensar por um segundo naquele que não tem o que vestir...e ficaria extremamente satisfeito com a camisa que olhamos torto. Assim como a comida que muitas vezes a gente não come por que “não gosto de beterraba”, seria tudo a alguém que não come há dias. Se isto não o choca, talvez você nunca tenha passado fome. E nessa circunstância, realmente agradeça a Deus por isso.

Não vamos esquecer nossos irmãos que morrem de fome, frio ou calor todos os dias. Que não possuem nada e ninguém parece enxergá-los. Imagine...poderia muto bem ser você.
Aí entram algumas questões: Será que eu não reclamo demais da minha vida? Não deveria ser mais grato por tudo que tenho? Pela minha saúde, por ter um prato de comida todo dia à mesa...uma cama para dormir e um teto para me abrigar?
Gostaria que cada um refletisse sobre estas perguntas.

Que este natal possamos ter um outro sentimento...contrário àquele de presentes ou bens materiais. Que possamos sentir gratidão, o amor de nosos familiares...e que desperte em cada um a necessidade de lançar aos que sofrem e padecem nas ruas,um prato de comida, um olhar amigo, uma mão acolhedora, ou mesmo um abraço que conforta.